quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Balanço final


Chegou ao fim mais um semestre e com ele a cadeira de Tecnologias Educativas II.
Ao longo destes meses foram várias as aprendizagens adquiridas, mas também foram algumas as dificuldades com que me deparei.
No que se refere às aprendizagens é de sublinhar a capacidade de reflexão que fui desenvolvendo, em grande parte com o contributo da criação deste blog que nos foi "obrigando" a reflectir sobre assuntos "banais" do mundo da tecnologia, mas que por vezes nos passam despercebidos, a partir da leitura de "A família em rede" de Seymour Papert. Também a elaboração do trabalho final sobre o Hi5 e MySpace contribuiu para aprender e compreender melhor a utilizar estas ferramentas, assim como a conhecer tudo o que está "escondido" por trás das mesmas, ou seja a sua história, origem, etc.
Em relação às dificuldades que enfrentei é de salientar dois aspectos: a selecção de informação para a criação do trabalho final e a exploração de novas ferramentas, como foi o caso da criação de um blog no wordpress.
Em jeito de conclusão posso ainda referir que as aprendizagens que anteriormente enunciei são um exemplo da importância da utilização das tecnologias na educação.

domingo, 30 de dezembro de 2007

O Futuro: da Escola e da Tecnologia


Evolução, educação, escolas, tecnologias, crianças, computadores, família... Estas são algumas das muitas palavras que marcam de certa forma o cruzamento da escola com as tecnologias ao longo de toda a leitura do livro "A família em rede", de Seymour Papert.
Passará o futuro da escola pelas tecnologias? Que papel assumirão as famílias na educação das nossas crianças? E os computadores serão apenas um recurso desse futuro e da própria educação ou pelo contrário não passarão simplesmente de um dos frutos do progresso?
São tantas as questões que se levantam após a leitura integral desta obra, porém perduram na incerteza algumas das suas respostas... Será que só surgirão no futuro?

A escola e a mudança


Andamos na escola tantos anos e se voltarmos atrás no tempo, com que alterações significativas é que nos deparamos? Muitos de nós se o fizermos não notaremos qualquer tipo de diferença, mas não nos perguntamos porquê, nem em que medida é importante a mudança nas escolas.
E se falarmos em "micromudança" e "macromudança" como Seymour Papert em "A família em rede"?
Na minha opinião a grande mudança só pode ocorrer se se assistir ao longo do tempo a pequenas alterações, pois sem estas não pode haver uma alteração forte e coerente, que resista a tudo que esta implica.
São três as forças de mudança da escola, apontadas pelo autor que referi anteriormente. A primeira diz respeito à grande indústria, pois as grandes empresas têm desvalorizado os interesses na educação, a revolução na aprendizagem é outra dessas forças, uma vez que se reconhece a necessidade cada vez maior de estabelecer novas abordagens de aprendizagem, a última destas forças tem a ver com o poder das crianças, visto que "todas as crianças que têm em casa um computador e uma forte cultura de aprendizagem são agentes de mudança na escola.".
Agora pergunto eu: Porquê que tudo muda, até os valores, e a escola permanece quase na sua totalidade intacta à mudança?

domingo, 23 de dezembro de 2007

Dos 8 aos 80


Será possível fazermos uma lista de tudo aquilo que conseguimos realizar utilizando o computador? Certamente que sim, pois temos a capacidade de listar tudo aquilo que fazemos. E se pedisse-mos a uma criança de 8 anos para fazer a sua, será que havia grandes diferenças ao compara-la com a nossa? Tendo em conta as múltiplas funções que dispomos a partir desta tecnologia encontraremos certamente uma lista idêntica, porém cada actividade terá sido realizada tendo em conta "diferentes níveis de competência tecnológica" como é referido por Seymour Papert.
Não podemos assim esquecer, que grande parte daquilo que fazemos pode ser feito pelos outros, independentemente do tipo de resposta à actividade, mas com diferentes níveis de competência, logo com resultados diferentes.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Raparigas versus Rapazes


Será que nos dias que correm ainda existem actividades para rapazes e para raparigas? Ou a mentalidade de cada um é que lhes atribui o rótulo de "masculino" e "feminino"?
Na minha opinião é exactamente isto que acontece, é a cultura familiar (como é referido por Seymour Papert), a sociedade e até mesmo cada um de nós que define a qual dos sexos se destina isto ou aquilo.
E se eu afirmar que a utilização dos computadores é uma actividade masculina, onde é que isto foi estabelecido? Na minha cabeça, na minha família ou na sociedade em que me insiro?
Pois é... posso dizer que no que respeita á criação desta ideia na minha cabeça não foi certamente, caso contrário não faria sentido estar a utilizar este meio para comunicar, na minha família também não foi, terá sido na sociedade? Esta já não sei, mas cabe-nos a nós, tal como é referido no livro "A família em rede" lutar pela igualdade.
Se já vemos diariamente mulheres ao volante de autocarros porquê que ainda há quem diga que os computadores são para rapazes?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

HI5 & MySpace com carácter pedagógico?



São muitas as ferramentas que utilizamos diariamente sem nunca questionarmos as suas potencialidades a nível pedagógico, é o que acontece com o HI5 e com o MySpace. Estes são softwares sociais que permitem a comunicação, interacção e partilha de informações entre uma comunidade. Porém podem ter uma vertente educativa se as soubermos utilizar. Por exemplo sendo o HI5 ou o MySpace criados como uma “construção interna”, ou seja algo elaborado, por exemplo no seio de uma turma de 1º ciclo, este permitirá uma participação activa de todos os elementos no seu processo de aprendizagem, uma vez que ambas as tecnologias podem funcionar como uma espécie de “portefólio virtual”. Assim, as crianças teriam oportunidade de ver os seus trabalhos expostos, tal como receber o feedback do trabalho desenvolvido, tendo oportunidade de o melhorar. Esta seria uma forma possível de uma aprendizagem participativa e produtiva com recurso ás novas tecnologias.
Estas ferramentas podem ainda permitir a publicação de sites de interesse para os alunos, ou de questões colocadas pelo professor, educador ou formador. Desta forma, é possível adaptar os objectivos de aprendizagem aos interesses dos alunos, aumentando a motivação destes e possibilitando também uma interacção entre alunos e professores, já que se trata de um software social.

sábado, 17 de novembro de 2007

Prazer e benefício da aprendizagem


Segundo Seymour Papert "o escândalo da educação reside no facto de sempre que ensinamos algo estamos a privar a criança do prazer e do benefício da descoberta.", mas será este fenómeno realmente um escândalo? Teria a criança capacidade suficiente para descobrir tudo aquilo que lhe é ensinado? Não iria esta sofrer um "atraso" no seu desenvolimento como consequência do tempo necessário para ser ela própria a fazer todas as descobertas inerentes à sua aprendizagem?
Na minha opinião estas duas vertentes podem ser partilhadas, ou seja, a vertente de ensino e de aprendizagem, pois se forem dadas à criança as orientações e as bases para que esta desenvolva uma aprendizagem autónoma, a própria criança pode usufruir do prazer e do benefício da descoberta. Penso que caso contrário seria muito complicado, uma vez que "partir do zero" numa aquisição de conhecimentos não é fácil, muito menos para uma criança, uma vez que esta não teria certamente a capacidade de distinguir aquilo que deveria ou não aprender, nem como o fazer.
Como forma de conclusão desta minha reflexão deixo uma questão em aberto para todos pensarem e deixarem a vossa opinião:"De que forma não nos foi permitido gozar do prazer e do benefício da aprendizagem?"